quarta-feira, 13 de julho de 2011

Espaço Cultural Reggae


Um dos poucos locais onde a verdadeira essência do reggae jamaicano com toda sua tradição ainda é mantida é no “Espaço Cultural Reggae”. Identifiquei o local como sendo “para poucos”, não que haja alguma determinação que impeça a entrada daqueles que não têm afinidade com o reggae, mas é uma cultura que resiste ao tempo, e torna aqueles que freqüentam o espaço verdadeiros regueiros entrincheirados. 
Foi neste local que comecei a usar o termo “entrincheirado”, este, usado para identificar aquelas pessoas que se encontram acuadas por não terem opções de entretenimento dentro da proposta que é apresentada no local.
Não estou fazendo propaganda do local, apenas apresento, relatando os fatos observados nas inúmeras visitas feitas às mais diversas “casas de reggae” existentes em Belém. E como o foco da pesquisa era o movimento reggae em si, não encontrei nenhum outro local onde o movimento ainda que de maneira discreta, ainda mantém suas raizes.  
O resgate do reggae em Belém dentro do “Espaço do Reggae” começa a partir da forma com que o ritmo é tocado. Os d´j e os muitos colecionadores que voluntariamente vão até o local, tocam o reggae na sua essência, é com LPs e compactos que a  festa é feita. As pessoas que tinham se desacostumado ao chiado característico do vinil, podem ali matar a saudade do bom e velho vinil. (SANTOS, Diego Santos, p. 57-58). TEXTO RETIRADO DA PG ENTREGUE NO ANO DE 2010, QUER LER? SÓ NA BIBLIOTECA CENTRAL DA UNAMA!


 Todos os sábados os dj's Vanderson e Alex Roots
 fazem a vibe positiva do espaço do reggae ao lado 
dos colecionadores de Belém, é a famosa "DREAD SYSTEN".
     

Rasta Alvim


Rasta Alvim antes de se tornar regueiro e colecionar discos e fitas de reggae, era sambista, mas após ver estampada na capa de uma revista a imagem do ícone jamaicano Bob Marley, começou a buscar informações a respeito de quem era e de que movimento aquele rapaz cheio de “dreads” (tranças que os rastas usam) fazia parte.
Alvim de imediato aderiu ao movimento levantando no estado a bandeira do reggae, começou naquele momento a trajetória de resistência reggae do “Rasta Alvim”, que ganhou esse apelido de Fauzi Beydoun (vocalista da banda maranhense Tribo de Jah), quando esteve em Belém pela primeira vez no início da década de 1990, e o encontrou em sua barraca na Praça das Mercês no centro de Belém. Fauzi definiu Alvim como ícone da cultura Roots Reggae no Estado do Pará, por manter suas raízes e “semear” o reggae através da comercialização de discos e fitas pela cidade.
Rasta Alvim (foto acima) por opção, já não frequenta mais os grandes eventos de reggae em Belém, sua última aparição foi durante o show da banda jamaicana “The Congos” em 2009. Emocionado, Alvim agradeceu à Deus por estar vivo e ter a oportunidade de acompanhar de perto uma de suas bandas favoritas, ele ainda aproveitou a ocasião primeiro para parabenizar o pequeno e fiel público que alí estava prestigiando um evento daquela magnitude, e segundo, criticou a ausência daqueles envolvidos com o movimento reggae que simplesmente ignoraram o evento. (SANTOS, Diego Santos, p. 40-41). TEXTO RETIRADO DA PG ENTREGUE NO ANO DE 2010, QUER LER? SÓ NA BIBLIOTECA CENTRAL DA UNAMA!